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Tarefa 1

    O documentário fala de Fernando Pessoa.
    Pessoa nasceu em Lisboa mas passa quase toda a infância em África onde demonstra o gosto pela heteronímia. De volta a Portugal entra na universidade, desistindo do curso pouco tempo depois. Funde uma tipografia, graças a uma herança, que acaba por falir. Foi correspondente de línguas estrangeiras e pioneiro da publicidade em Portugal. Funde duas revistas com outros escritores. É de salientar a sua paixão por Ofélia Queirós e pela Astrologia.
Pessoa dedicou a sua vida à poesia assinando os seus poemas com o nome de vários heterónimos. A única obra publicada em vida foi “Mensagem”. Contudo, tem uma obra literária muito vasta.
    Foi uma pena não ter sido mais valorizado em vida, mas é sem dúvida um dos grandes nomes da literatura portuguesa.

 

Tarefa 2

Álvaro de Campos:

   A obra de Álvaro de Campos, um dos heterónimos de Fernando Pessoa, passa por 3 fases: decadentista ("Opiário") que exprime o cansaço, tédio e necessidade de novas sensações, uma maneira de fugir à monotonia, e de dar sentido à vida. A futurista (Ode Triunfal) que é caracterizada pela exaltação da energia, onde Álvaro de Campos celebra o triunfo da máquina e da civilização moderna. E a pessoal-intimista ("Lisbon Revisited")  que perante a incapacidade das realizações, traz novamente o abatimento que provoca um grande cansaço. É nesta parte que Campos, se revela vazio, um incompreendido pela sociedade, vivendo momentos de angústia. O drama de Campos resume-se numa frustração total, fruto da sua incapacidade de ligar pensamento/sentimento.

Tarefa 3

Leitura de imagem:

    Esta pintura tem como título “Os fuzilamentos de três de Maio”, foi pintada por Francisco de Goya em 1814 e encontra-se no Museu do Prado, Madrid.
     Podemos identificar logo de início dois grupos opostos, um das vítimas e outro dos “fuzileiros”. No primeiro grupo destaca-se sobretudo um homem ao centro com os braços abertos e levantados, que nos transmite uma ideia de inocência, e um outro homem caído no chão esvaído em sangue. Para além disso, podemos ver que todas as pessoas do grupo das vítimas têm uma cara que transmite terror face à situação. O grupo dos “fuzileiros” encontra-se de costas, a disparar sem dó nem piedade contra o grupo oposto.
     A minha interpretação da obra é que é uma crítica ao poder e à guerra que faz muitas vítimas inocentes, principalmente do povo.
     Quanto às cores utilizadas podemos observar uns tons escuros que representam a noite e o campo, mas também uns tons claros como a blusa do homem ao centro e o sangue. É também de realçar que os homens do primeiro grupo estão menos contornados que os outros.
     Para concluir, o quadro tem a função informativa, pois dá informações de uma situação real, crítica e narrativa, porque sugere uma cena/ação.

Tarefa 10 e 11


     A definição de liberdade depende de pessoa para pessoa. Segundo José Jorge Letria, a liberdade é a combinação entre os direitos e os deveres, sem que cada um invada o espaço que, por direito, pertence aos outros.
     Acerca do tema liberdade, é essencial ter em conta a cor, o sexo, a orientação religiosa, a cultura e os costumes, pois não são poucos os casos em que, independentemente da idade, as pessoas que não têm a correta conceção do significado de liberdade e, por isso, não avaliam as consequências dos seus atos, afetando, assim, outras pessoas.
     É por isso que há um conjunto de leis que governam a nossa vida quotidiana, essas “regras” constam na constituição de cada país. Por causa dessas regras, muitas pessoas têm o pensamento distorcido de que não somos livres mas sim reféns de um sistema. Porém, para crescermos e nos desenvolvermos, precisamos de produzir e, para tal, devemos ter a liberdade de decidir a carreira que queremos seguir, as pessoas que nos rodeiam, uma religião ou a orientação sexual. Não há imposição sobre a nossa maneira de pensar, agir ou falar. A liberdade é isto! O ambiente pode influenciar, mas só nós é que traçamos o nosso destino.
     Em suma, liberdade não significa fazer o que queremos quando queremos, pois como pessoas racionais temos de estudar, trabalhar ou pertencer a uma sociedade, fazendo um bom uso da nossa liberdade de expressão.

 

      O documentário que visualizamos na aula de Português faz parte da série “Grandes Livros”. Este episódio foca Os Lusíadas e o seu escritor Luís Vaz de Camões.
     De Camões pouco se sabe, mas deduz-se pela sua extrema inteligência que tenha tido uma boa educação. Pertenceria também à nobreza e perdeu a sua vista direita numa briga contra os Mouros.
     Publicado em 1572, Os Lusíadas é constituído por dez cantos, que narram os feitos históricos dos portugueses. Retrata-se a viagem marítima de Vasco da Gama para a Índia e as aventuras dos marinheiros nas Descobertas. Inês de Castro, D. Afonso Henriques, Nuno Álvares Pereira, personagens da mitologia e tantos outros surgem nas estrofes, num quadro grandioso de engrandecimento dos descendentes Lusos, os portugueses.
Influenciada pelas epopeias clássicas, tais como a Odisseia ou a Eneida, esta obra está dividida em quatro partes: Proposição, Invocação, Dedicatória e Narração, e Camões dedicou-a ao rei D. Sebastião.

 

Tarefa 12

1- Os elementos do discurso que, na estância 78, constituem marcas de invocação são “vós, Ninfas do Tejo e do Mondego” (v. 3), “Vosso favor invoco” (v. 5) e “se não me ajudais” (v.7).

2- Ao longo do texto, o sujeito poético refere vários aspetos que caracterizam a sua vida. Os que se destacam mais são o medo de não conseguir alcançar os seus objetivos, por causa dos contratempos“(Por alto mar, com vento tão contrário / Que, se não me ajudais, hei grande medo / Que o meu fraco batel se alague cedo.)” (vv. 5-8); na estância 79 realça-se a perseverança em ser poeta e guerreiro; também é de se destacar a pobreza (“Agora, com pobreza avorrecida, / Por hospícios alheios degradado;”) (vv. 17-18); o facto de ter sofrido muitas desilusões (“Agora, da esperança já adquirida, / De novo mais que nunca derribado;”) (vv. 19-20) e por fim o sofrimento causado por aqueles que o deviam honrar (“A troco dos descansos que esperava, / Das capelas de louro que me honrassem, / Trabalhos nunca usados me inventaram, / Com que em tão duro estado me deitaram.”) (vv. 27-29).

3- A anáfora “Agora” expressa vários valores, um deles realça a quantidade e as diferentes situações vividas pelo sujeito poético.

4- Na estância 82, o sujeito poético faz uma crítica social e política, mostrando-se indignado pela falta de atenção que os “senhores” demonstram perante os artistas. Eles, artistas, enaltecem os feitos dos portugueses e fazem-nos permanecer na memória. Alerta também para o facto dessa falta de interesse, não promover o aparecimento de novos talentos, o que irá deixar cair em esquecimento os feitos dos portugueses, que eram enaltecidos por eles.

Tarefa 14

Os Lusíadas é uma obra poética escrita por Luís Vaz de Camões. É considerada a epopeia portuguesa e conta a história da descoberta do caminho marítimo para a Índia.
     Por um lado, a extensão deste poema e a escrita difícil e antiquada (século XVI), utilizada por Camões, tornam esta obra difícil de ler e um pouco entediante.
     Por outro lado, dá gosto ler esta obra visto que descreve a grandiosidade do povo português, referindo também as muitas dificuldades que este enfrentou até alcançar o seu objetivo com bravura e coragem. Usando o plano mitológico e o plano da História de Portugal, Camões suscitou interesse ao leitor.
     Em suma, apesar de ser uma obra de difícil leitura, esta mostra a riqueza da nossa literatura e dignifica os portugueses.

Tarefa 15

     O mito sebastianista surge após o desaparecimento de D. Sebastião na batalha de Alcácer Quibir, o que leva à perda da independência.
     Fernando Pessoa utiliza este mito em Mensagem para expressar a necessidade de um povo que tem de voltar a acreditar nas suas capacidades. Invoca então a necessidade de voltar aos valores que fizeram com que Portugal fosse um país de conquistadores através dos mares.
     Em suma, Fernando Pessoa associa o regresso de D. Sebastião à criação de um novo império, Quinto Império, onde irá reinar a afirmação e glória para Portugal.

Tarefa 16

Tema A: Epopeia Marítima
Os descobrimentos portugueses têm um importante papel em Os Lusíadas e em Mensagem.
Na obra de Camões, o poeta glorifica os feitos dos portugueses, um povo de marinheiros que mostrou a sua coragem e determinação ao navegar por mares desconhecidos e descobrir terras até então inimagináveis. O poeta glorifica estes acontecimentos ao longo de toda a obra.
Em Mensagem, Fernando Pessoa dá especial destaque a este período áureo na segunda parte da sua obra (“Mar Português”), onde, tal como em Os Lusíadas, são destacadas as principais figuras que contribuíram para o sucesso de Portugal na conquista do mundo.

Tema B: Quinto Império
A imagem do quinto império surge como uma forma de colocar Portugal de novo no comando do mundo.
Após a morte de D. Sebastião, Portugal começou a perder o seu poder, chegando a um momento em que o Portugal dos descobrimentos nunca mais será reconhecido. O surgimento do quinto império será feito quando aquilo que D. Sebastião representa voltar a entrar no imaginário dos portugueses.
Este novo império será o império do bem e da espiritualidade e os portugueses voltarão a ter a fama e a glória dos tempos antigos.